Sou católico, e acompanho as CF desde sempre, e ouvi desde ontem, início da campanha desse ano alguns comentários em rádios regionais pelo Paraná, onde compreendo existir equívocos de interpretação.
É nobre o tema da EDUCAÇÃO, ainda mais com as condições de trabalho e aprendizagens que temos na educação pública brasileira, porém, não podemos deixar a mídia e alguns setores da igreja católica, deturpar o lema onde diz "ensina com amor".
Já ouvi comentários de radialistas misturando os papéis na distinção entre educação familiar e escolar, em algumas teses querendo colar no homescoling, e outros ainda que me lembraram as lembranças do início do período escolar com as filhas da burguesia realizando o ensino da escrita de maneira filantrópica.
Podemos ensinar e trabalhar com AMOR, porém, precisamos posicionar nossas lutas históricas, e alertar que AMOR não enche barriga, não paga contas, e não trás dignidade dentro de uma sociedade capitalista, e que termos salários dignos e respeitados pelos governos, com data base em dia por exemplo, são coisas mínimas que temos pedido recentemente, e, que mesmo assim, não temos sido acolhidos pelos governos e pela própria sociedade paranaense, cuja conta, só vai aumentando para ela própria, visto às questões judiciais impetradas.
Lembrar que sem essas condições mínimas, salariais de sobrevivência, nenhum jovem se motiva à ingressar nessa profissão, causando sérias dificuldades ao que sugere o plano nacional de educação para essa década, sem contar as questões ligadas ao diagnóstico da qualidade.
Enfim, poderia elencar inúmeras situações que teremos que travar dentro das igrejas, quando tratarem desse tema, para não deixarmos brechas para crescerem esses e equívocos que já surgiram no lançamento dessa campanha e na interpretação dela.
Temos uma oportunidade com esse tema, de dialogar com esses setores sociais num ano de eleições, diante de recentes ataques as leis de garantia do financiamento da EDUCAÇÃO e de sua busca permanente pela qualidade e universalidade no Brasil, atingindo via educação pública, os centros urbanos e rincões, comunidades ribeirinhas e indígenas, além de realizar sempre uma opção pelas periferias operárias e do campo, onde o capital privado educacional NUNCA apresentou grandes interesses.
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