Tantos gols assim seria algo típico para uma jornada inicial do Brasileiro? Pode até ser. É um momento em que os clubes vivem período de ressaca dos estaduais, estão jogando por competições de mata-mata durante a semana (Libertadores e Copa do Brasil) e nem sempre chegam com o mesmo nível de preparação. 

No ano passado, foram 27 gols nas dez primeiras partidas. Bem acima do que o campeonato teria. Mas bem abaixo, de todo modo, do que vimos no pontapé inicial desta vez. 

Para os críticos que já não aguentavam mais o futebol majoritariamente apresentado em gramados brasileiros - um movimento crescente ano após ano, registre-se -, a definição de um embate entre Grêmio x Santos para a primeira rodada despertava enorme curiosidade. Pois as equipes de Renato Gaúcho e Jorge Sampaoli atenderam ao chamado. Mostraram que, na vitória santista por 2 a 1, é possível praticar futebol pragmático e vistoso ao mesmo tempo. Não são características necessariamente excludentes.

Isolado na manhã de domingo, o jogo, ou melhor, o jogão deixou muita gente eufórica. Mesmo que Sampaoli tenha mandado para campo um Santos com diversos titulares preservados, desfalcando uma escalação supostamente defensiva em excesso. De fato, os visitantes até tiveram postura mais cautelosa do que o de costume. O que não quer dizer que tenham abdicado de enfrentar aquela que é "a melhor equipe brasileira", segundo o argentino.