A partir desta terça-feira o novo treinador do Flamengo reencontrará velhos conhecidos da jornada de mais de 30 anos de carreira na beira do gramado. Todos eles, obviamente, em um recorte mais recente, e de períodos curtos na seleção brasileira. Apesar disso, vale a pena lembrar como Tite escalou em campo algumas dessas peças.
É claro que cada trabalho tem sua particularidade, e os primeiros dias de treinamento servirão para o novo comandante rubro-negro fazer o recorte inicial daquilo que pretende escalar. Maneira de atuar, esquema tático e as funções de cada jogador. Portanto, é possível que um atleta que já tenha jogado com ele de determinada forma, cumpra outra função no novo Flamengo.
O quarteto vive um momento totalmente diferente de quando integrou convocações da seleção brasileira com Tite. Santos caiu para terceiro goleiro na hierarquia do elenco. Tecnicamente apresentou falhas antes de ser barrado e viveu problemas particulares recentemente. Tem um fator motivacional para recuperar espaço agora.
Entre 2019 e 2021, quando ainda era jogador do Athletico, foi convocado cinco vezes pelo treinador, ficou no banco em nove oportunidades, mas nunca atuou pela seleção principal. A depender do desempenho nos treinamentos, não será surpresa se receber oportunidades como titular.
Já o zagueiro Rodrigo Caio, fundamental nas conquistas de 2019 e 2020, tem uma história mais extensa com Tite. Pesa contra o fato de continuar convivendo com problemas físicos, o que deve inviabilizar a permanêrncia dele no clube. O contrato se encerra em pouco mais de dois meses.
Tem sido relacionado, mas não joga desde abril. Virou a quinta opção para a zaga. O novo treinador rubro-negro sempre foi um admirador do seu futebol e o convocou nove vezes entre 2017 e 2021. Rodrigo foi titular duas vezes, ficou no banco em 12 jogos e acabou utilizado como suplente em outros dois.
A curiosidade é que justamente em um dos jogos que iniciou como titular, atuou ao lado de David Luiz. O camisa 23, porém, fez a função de volante num amistoso contra a Austrália, em junho de 2017, em Melbourne. Rodrigo Caio deu uma assistência naquela ocasião. Tite o aproveitou nos dois lados da dupla de zaga.
David Luiz fez só os 73 minutos em que esteve em campo neste mesmo amistoso contra a Austrália há seis anos e dois meses. É muito improvável que seja escalado como volante com o treinador novamente. Sua mobilidade reduzida é incompatível com a posição hoje, como ficou nítido recentemente com Jorge Sampaoli.
Quem pode mudar o status dentro do elenco é o também zagueiro Pablo. Não chegou a trabalhar com Tite no Corinthians, mas foi convocado duas vezes para a seleção no final de 2018, quando vivia grande fase no Bordeaux(FRA).
Foi reserva em dois jogos e titular em dois amistosos, as vitórias contra Arábia Saudita e Camarões. Em ambas partidas fez dupla de zaga com Marquinhos e formou pelo lado esquerdo da defesa. O potencial de proteção de área que tem costuma ser valorizado pelo novo treinador.
Filipe Luís
A relação entre Tite e Filipe Luís é certamente uma das mais respeitosas da carreira de ambos. Os dois já se manifestaram publicamente com muitos elogios mútuos. Filipe vive um outro momento em relação a última parceria profissinal dos dois, ocorrida há mais de quatro anos, na Copa América 2019.
Atualmente tem sido pouco utilizado e cogita encerrar a carreira em dezembro. Disputou a Copa do Mundo de 2018 na condição de reserva de Marcelo com o treinador. Foram 13 convocações ao todo, 21 jogos comandados por Tite, 19 como titular. Fez dois gols e deu duas assistências.
Como Tite já utilizou seus novos comandados
Lucas Figueiredo / CBF
Como Tite já utilizou seus novos comandados
Entenda as funções feitas pelos principais jogadores do elenco do Flamengo quando foram dirigidos por ele. Você sabia que David Luiz jogou de volante na seleção de Tite?
Por Rodrigo Coutinho — Rio de Janeiro/RJ
10/10/2023 06h00 Atualizado há 2 horas
A partir desta terça-feira o novo treinador do Flamengo reencontrará velhos conhecidos da jornada de mais de 30 anos de carreira na beira do gramado. Todos eles, obviamente, em um recorte mais recente, e de períodos curtos na seleção brasileira. Apesar disso, vale a pena lembrar como Tite escalou em campo algumas dessas peças.
É claro que cada trabalho tem sua particularidade, e os primeiros dias de treinamento servirão para o novo comandante rubro-negro fazer o recorte inicial daquilo que pretende escalar. Maneira de atuar, esquema tático e as funções de cada jogador. Portanto, é possível que um atleta que já tenha jogado com ele de determinada forma, cumpra outra função no novo Flamengo.
Santos, Rodrigo Caio, David Luiz e Pablo
O quarteto vive um momento totalmente diferente de quando integrou convocações da seleção brasileira com Tite. Santos caiu para terceiro goleiro na hierarquia do elenco. Tecnicamente apresentou falhas antes de ser barrado e viveu problemas particulares recentemente. Tem um fator motivacional para recuperar espaço agora.
Entre 2019 e 2021, quando ainda era jogador do Athletico, foi convocado cinco vezes pelo treinador, ficou no banco em nove oportunidades, mas nunca atuou pela seleção principal. A depender do desempenho nos treinamentos, não será surpresa se receber oportunidades como titular.
Santos durante um treinamento na seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Santos durante um treinamento na seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Já o zagueiro Rodrigo Caio, fundamental nas conquistas de 2019 e 2020, tem uma história mais extensa com Tite. Pesa contra o fato de continuar convivendo com problemas físicos, o que deve inviabilizar a permanêrncia dele no clube. O contrato se encerra em pouco mais de dois meses.
Tem sido relacionado, mas não joga desde abril. Virou a quinta opção para a zaga. O novo treinador rubro-negro sempre foi um admirador do seu futebol e o convocou nove vezes entre 2017 e 2021. Rodrigo foi titular duas vezes, ficou no banco em 12 jogos e acabou utilizado como suplente em outros dois.
A curiosidade é que justamente em um dos jogos que iniciou como titular, atuou ao lado de David Luiz. O camisa 23, porém, fez a função de volante num amistoso contra a Austrália, em junho de 2017, em Melbourne. Rodrigo Caio deu uma assistência naquela ocasião. Tite o aproveitou nos dois lados da dupla de zaga.
Frame do amistoso contra a Austrália em 2017. David Luiz de volante e Rodrigo Caio na zaga. — Foto: Reprodução de TV
Frame do amistoso contra a Austrália em 2017. David Luiz de volante e Rodrigo Caio na zaga. — Foto: Reprodução de TV
David Luiz fez só os 73 minutos em que esteve em campo neste mesmo amistoso contra a Austrália há seis anos e dois meses. É muito improvável que seja escalado como volante com o treinador novamente. Sua mobilidade reduzida é incompatível com a posição hoje, como ficou nítido recentemente com Jorge Sampaoli.
Quem pode mudar o status dentro do elenco é o também zagueiro Pablo. Não chegou a trabalhar com Tite no Corinthians, mas foi convocado duas vezes para a seleção no final de 2018, quando vivia grande fase no Bordeaux(FRA).
Foi reserva em dois jogos e titular em dois amistosos, as vitórias contra Arábia Saudita e Camarões. Em ambas partidas fez dupla de zaga com Marquinhos e formou pelo lado esquerdo da defesa. O potencial de proteção de área que tem costuma ser valorizado pelo novo treinador.
Filipe Luís
A relação entre Tite e Filipe Luís é certamente uma das mais respeitosas da carreira de ambos. Os dois já se manifestaram publicamente com muitos elogios mútuos. Filipe vive um outro momento em relação a última parceria profissinal dos dois, ocorrida há mais de quatro anos, na Copa América 2019.
Atualmente tem sido pouco utilizado e cogita encerrar a carreira em dezembro. Disputou a Copa do Mundo de 2018 na condição de reserva de Marcelo com o treinador. Foram 13 convocações ao todo, 21 jogos comandados por Tite, 19 como titular. Fez dois gols e deu duas assistências.
Filipe Luís na função de articulador com Tite, buscando o centro e deixando a amplitude a cargo do ponta, que por sinal era Everton Cebolinha na Copa América de 2019 — Foto: Rodrigo Coutinho
Filipe Luís na função de articulador com Tite, buscando o centro e deixando a amplitude a cargo do ponta, que por sinal era Everton Cebolinha na Copa América de 2019 — Foto: Rodrigo Coutinho
Foi sempre utilizado como um lateral mais fixo na linha defensiva. Articulando com seus ótimos passes a partir da saída de bola, se postando por trás da jogada, sem fazer tantas ultrapassagens ou atacar aberto. O novo treinador rubro-negro o compreendeu completamente.
Gérson
Certamente é um dos melhores jogadores do Flamengo neste momento, e além disso terá a moral de voltar a trabalhar com o treinador que lhe deu as primeiras oportunidades na seleção principal. Foi convocado quatro vezes por Tite e atuou em quatro jogos das Eliminatórias para a Copa de 2022.
Iniciou como titular dois dos quatro duelos, diante de Venezuela e Peru. Nos dois jogos atuou como segundo volante. Sempre alinhado com um companheiro mais marcador, Casemiro ou Fabinho, mas com mais liberdade de avanço ao ataque. Próximo da função que fez em 2019 e 2020 no Flamengo.
Chegou a ser aproveitado também por Tite como um dos meias em um 4-3-3, pela direita ou esquerda, à frente de um volante mais fixo. Sua função vai depender muito do esquema tático adotado na maioria dos jogos.
Everton Ribeiro
Tite já revelou em diversos momentos ser apaixonado pelo futebol do meia, que viveu um momento técnico ruim recentemente, mas voltou a jogar bem nos últimos dois jogos. Tem contrato só até dezembro e é pretendido por diversos clubes brasileiros. O treinador o convocou para a Copa de 2022.
Ao todo foram nove convocações e 16 jogos com o comandante na seleção canarinho, cinco deles como titular. Fez três gols e deu uma assistência. Jogou a Copa América de 2021 também. Foi utilizado pelo treinador em três funções diferentes. A primeira é a que mais fez na carreira. Um ''falso ponta'' pela direita, circulando com ou sem a bola na direção do meio e abrindo passagem ao lateral.
A segunda: como meia-direita em um 4-3-3, à frente de um volante fixo. E a terceira: como meia-central, por trás de um atacante, na frente de uma dupla de volantes. Certamente será titular com Tite no Flamengo e o comandante provavelmente pedirá a renovação de seu contrato.
Everton ''Cebolinha''
É um dos nomes mais questionados pela torcida rubro-negra atualmente. O clube fez um investimento alto e ele ainda não conseguiu dar o retorno esperado. Na melhor fase de sua carreira, em 2019, ganhou a posição de titular no time campeão da Copa América daquela temporada. Jogou bem e fez gol na final.
Foi convocado por Tite sete vezes. Fez ao todo 23 partidas, dez como titular. Balançou as redes três vezes e deu três assistências. Em determinado momento do último ciclo de Copa do Mundo, parecia nome certo entre os pontas convocados, mas caiu de produção desde que foi contratado pelo Benfica. Foi titular na maioria dos jogos da Copa América de 2021, sua última aparição na seleção.
Utilizado quase sempre como um ponta posicional por Tite, Cebolinha jogou tanto na direita quanto na esquerda. A ideia do treinador com ele pareceu ser dar amplitude a um dos lados do ataque, fazer com que recebesse as bolas em condições do enfrentamento individual, para driblar e finalizar na sequência, ou buscar um companheiro.
Bruno Henrique
Foi convocado apenas uma vez por Tite para a Seleção. Ficou no banco e entrou no final de dois amistosos em setembro de 2019. Atuou dez minutos no empate contra a Colômbia e seis minutos na derrota para o Peru. Atualmente é o jogador mais decisivo do elenco com as quedas de produção de Gabigol e Pedro.
Nos poucos instantes com a Amarelinha, foi utilizado pelo novo treinador rubro-negro de duas formas diferentes. Como ponta-direita, recebendo a bola bem aberto e tentando jogadas de linha de fundo. E como segundo atacante pelo meio, mesma função que fez na maioria dos jogos do Flamengo em 2019.
Gabigol
Certamente é o jogador que teve a relação mais polêmica com o treinador após o episódio na festa do título da Libertadores de 2022 e a não convocação do atacante para o Mundial do Catar. Vive um péssimo momento. Atualmente é reserva e vem sendo questionado pela torcida. Deve iniciar a ''corrida pelo espaço'' com Tite com algum prejuízo.
Foi chamado pelo treinador na primeira convocação de Tite na seleção, no final de 2016, quando ainda era jogador do Santos. Ao todo foram sete vezes na lista do treinador, incluindo a Copa América de 2021. Entrou em campo 14 vezes, sete como titular, e marcou três gols. Não conseguiu dar boas respostas com a Amarelinha.
Como Tite já utilizou seus novos comandados
Lucas Figueiredo / CBF
Como Tite já utilizou seus novos comandados
Entenda as funções feitas pelos principais jogadores do elenco do Flamengo quando foram dirigidos por ele. Você sabia que David Luiz jogou de volante na seleção de Tite?
Por Rodrigo Coutinho — Rio de Janeiro/RJ
10/10/2023 06h00 Atualizado há 2 horas
A partir desta terça-feira o novo treinador do Flamengo reencontrará velhos conhecidos da jornada de mais de 30 anos de carreira na beira do gramado. Todos eles, obviamente, em um recorte mais recente, e de períodos curtos na seleção brasileira. Apesar disso, vale a pena lembrar como Tite escalou em campo algumas dessas peças.
É claro que cada trabalho tem sua particularidade, e os primeiros dias de treinamento servirão para o novo comandante rubro-negro fazer o recorte inicial daquilo que pretende escalar. Maneira de atuar, esquema tático e as funções de cada jogador. Portanto, é possível que um atleta que já tenha jogado com ele de determinada forma, cumpra outra função no novo Flamengo.
Santos, Rodrigo Caio, David Luiz e Pablo
O quarteto vive um momento totalmente diferente de quando integrou convocações da seleção brasileira com Tite. Santos caiu para terceiro goleiro na hierarquia do elenco. Tecnicamente apresentou falhas antes de ser barrado e viveu problemas particulares recentemente. Tem um fator motivacional para recuperar espaço agora.
Entre 2019 e 2021, quando ainda era jogador do Athletico, foi convocado cinco vezes pelo treinador, ficou no banco em nove oportunidades, mas nunca atuou pela seleção principal. A depender do desempenho nos treinamentos, não será surpresa se receber oportunidades como titular.
Santos durante um treinamento na seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Santos durante um treinamento na seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Já o zagueiro Rodrigo Caio, fundamental nas conquistas de 2019 e 2020, tem uma história mais extensa com Tite. Pesa contra o fato de continuar convivendo com problemas físicos, o que deve inviabilizar a permanêrncia dele no clube. O contrato se encerra em pouco mais de dois meses.
Tem sido relacionado, mas não joga desde abril. Virou a quinta opção para a zaga. O novo treinador rubro-negro sempre foi um admirador do seu futebol e o convocou nove vezes entre 2017 e 2021. Rodrigo foi titular duas vezes, ficou no banco em 12 jogos e acabou utilizado como suplente em outros dois.
A curiosidade é que justamente em um dos jogos que iniciou como titular, atuou ao lado de David Luiz. O camisa 23, porém, fez a função de volante num amistoso contra a Austrália, em junho de 2017, em Melbourne. Rodrigo Caio deu uma assistência naquela ocasião. Tite o aproveitou nos dois lados da dupla de zaga.
Frame do amistoso contra a Austrália em 2017. David Luiz de volante e Rodrigo Caio na zaga. — Foto: Reprodução de TV
Frame do amistoso contra a Austrália em 2017. David Luiz de volante e Rodrigo Caio na zaga. — Foto: Reprodução de TV
David Luiz fez só os 73 minutos em que esteve em campo neste mesmo amistoso contra a Austrália há seis anos e dois meses. É muito improvável que seja escalado como volante com o treinador novamente. Sua mobilidade reduzida é incompatível com a posição hoje, como ficou nítido recentemente com Jorge Sampaoli.
Quem pode mudar o status dentro do elenco é o também zagueiro Pablo. Não chegou a trabalhar com Tite no Corinthians, mas foi convocado duas vezes para a seleção no final de 2018, quando vivia grande fase no Bordeaux(FRA).
Foi reserva em dois jogos e titular em dois amistosos, as vitórias contra Arábia Saudita e Camarões. Em ambas partidas fez dupla de zaga com Marquinhos e formou pelo lado esquerdo da defesa. O potencial de proteção de área que tem costuma ser valorizado pelo novo treinador.
Filipe Luís
A relação entre Tite e Filipe Luís é certamente uma das mais respeitosas da carreira de ambos. Os dois já se manifestaram publicamente com muitos elogios mútuos. Filipe vive um outro momento em relação a última parceria profissinal dos dois, ocorrida há mais de quatro anos, na Copa América 2019.
Atualmente tem sido pouco utilizado e cogita encerrar a carreira em dezembro. Disputou a Copa do Mundo de 2018 na condição de reserva de Marcelo com o treinador. Foram 13 convocações ao todo, 21 jogos comandados por Tite, 19 como titular. Fez dois gols e deu duas assistências.
Filipe Luís na função de articulador com Tite, buscando o centro e deixando a amplitude a cargo do ponta, que por sinal era Everton Cebolinha na Copa América de 2019 — Foto: Rodrigo Coutinho
Filipe Luís na função de articulador com Tite, buscando o centro e deixando a amplitude a cargo do ponta, que por sinal era Everton Cebolinha na Copa América de 2019 — Foto: Rodrigo Coutinho
Foi sempre utilizado como um lateral mais fixo na linha defensiva. Articulando com seus ótimos passes a partir da saída de bola, se postando por trás da jogada, sem fazer tantas ultrapassagens ou atacar aberto. O novo treinador rubro-negro o compreendeu completamente.
Gérson
Certamente é um dos melhores jogadores do Flamengo neste momento, e além disso terá a moral de voltar a trabalhar com o treinador que lhe deu as primeiras oportunidades na seleção principal. Foi convocado quatro vezes por Tite e atuou em quatro jogos das Eliminatórias para a Copa de 2022.
Iniciou como titular dois dos quatro duelos, diante de Venezuela e Peru. Nos dois jogos atuou como segundo volante. Sempre alinhado com um companheiro mais marcador, Casemiro ou Fabinho, mas com mais liberdade de avanço ao ataque. Próximo da função que fez em 2019 e 2020 no Flamengo.
Gérson como o volante mais ofensivo da seleção brasileira no jogo contra o Peru, no segundo semestre de 2021 — Foto: Reprodução de TV
Gérson como o volante mais ofensivo da seleção brasileira no jogo contra o Peru, no segundo semestre de 2021 — Foto: Reprodução de TV
Chegou a ser aproveitado também por Tite como um dos meias em um 4-3-3, pela direita ou esquerda, à frente de um volante mais fixo. Sua função vai depender muito do esquema tático adotado na maioria dos jogos.
Everton Ribeiro
Tite já revelou em diversos momentos ser apaixonado pelo futebol do meia, que viveu um momento técnico ruim recentemente, mas voltou a jogar bem nos últimos dois jogos. Tem contrato só até dezembro e é pretendido por diversos clubes brasileiros. O treinador o convocou para a Copa de 2022.
Ao todo foram nove convocações e 16 jogos com o comandante na seleção canarinho, cinco deles como titular. Fez três gols e deu uma assistência. Jogou a Copa América de 2021 também. Foi utilizado pelo treinador em três funções diferentes. A primeira é a que mais fez na carreira. Um ''falso ponta'' pela direita, circulando com ou sem a bola na direção do meio e abrindo passagem ao lateral.
A segunda: como meia-direita em um 4-3-3, à frente de um volante fixo. E a terceira: como meia-central, por trás de um atacante, na frente de uma dupla de volantes. Certamente será titular com Tite no Flamengo e o comandante provavelmente pedirá a renovação de seu contrato.
Everton Ribeiro na função em que melhor sabe atuar pela seleção brasileira de Tite — Foto: Reprodução de TV
Everton Ribeiro na função em que melhor sabe atuar pela seleção brasileira de Tite — Foto: Reprodução de TV
Everton ''Cebolinha''
É um dos nomes mais questionados pela torcida rubro-negra atualmente. O clube fez um investimento alto e ele ainda não conseguiu dar o retorno esperado. Na melhor fase de sua carreira, em 2019, ganhou a posição de titular no time campeão da Copa América daquela temporada. Jogou bem e fez gol na final.
Foi convocado por Tite sete vezes. Fez ao todo 23 partidas, dez como titular. Balançou as redes três vezes e deu três assistências. Em determinado momento do último ciclo de Copa do Mundo, parecia nome certo entre os pontas convocados, mas caiu de produção desde que foi contratado pelo Benfica. Foi titular na maioria dos jogos da Copa América de 2021, sua última aparição na seleção.
Utilizado quase sempre como um ponta posicional por Tite, Cebolinha jogou tanto na direita quanto na esquerda. A ideia do treinador com ele pareceu ser dar amplitude a um dos lados do ataque, fazer com que recebesse as bolas em condições do enfrentamento individual, para driblar e finalizar na sequência, ou buscar um companheiro.
Bruno Henrique
Foi convocado apenas uma vez por Tite para a Seleção. Ficou no banco e entrou no final de dois amistosos em setembro de 2019. Atuou dez minutos no empate contra a Colômbia e seis minutos na derrota para o Peru. Atualmente é o jogador mais decisivo do elenco com as quedas de produção de Gabigol e Pedro.
Bruno Henrique pela seleção de Tite há quatro anos — Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Bruno Henrique pela seleção de Tite há quatro anos — Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Nos poucos instantes com a Amarelinha, foi utilizado pelo novo treinador rubro-negro de duas formas diferentes. Como ponta-direita, recebendo a bola bem aberto e tentando jogadas de linha de fundo. E como segundo atacante pelo meio, mesma função que fez na maioria dos jogos do Flamengo em 2019.
Gabigol
Certamente é o jogador que teve a relação mais polêmica com o treinador após o episódio na festa do título da Libertadores de 2022 e a não convocação do atacante para o Mundial do Catar. Vive um péssimo momento. Atualmente é reserva e vem sendo questionado pela torcida. Deve iniciar a ''corrida pelo espaço'' com Tite com algum prejuízo.
Foi chamado pelo treinador na primeira convocação de Tite na seleção, no final de 2016, quando ainda era jogador do Santos. Ao todo foram sete vezes na lista do treinador, incluindo a Copa América de 2021. Entrou em campo 14 vezes, sete como titular, e marcou três gols. Não conseguiu dar boas respostas com a Amarelinha.
Gabigol festeja após marcar pela seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo / CBF
Gabigol festeja após marcar pela seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo / CBF
Ao contrário de uma ''lenda urbana'' muito comum quando se fala de Tite e Gabigol na seleção, ele nunca foi escalado especificamente de ponta pelo treinador. Jogou em dupla no ataque, mais ao lado direito, flutuando no setor, como fez nos melhores momentos de Flamengo, ou como centroavante único numa linha de três atacantes.
Pedro
É outro nome importante do elenco em má fase. Foi convocado por Tite apenas três vezes, mas a Copa do Mundo está entre esses chamados. O treinador o utilizou quatro vezes, nunca como titular e sempre como centroavante mesmo. Seja em dupla com outro atacante ou sozinho pelo meio, numa trinca de frente. Fez um gol pela seleção.
Pedro tem um estilo de jogo pouco utilizado por Tite em suas equipes mais recentes. Sempre mostrou preferência por centroavantes com mais mobilidade e capacidade de ataque à profundidade, algo que Gabigol se encaixa melhor.
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