Embora com menos de um mês de trabalho, o Inter patina neste início de Gauchão. O empate em 1 a 1 com o Novo Hamburgo, nesta quarta-feira, no Beira-Rio, levou o time ao terceiro jogo sem vencer. O resultado de mais uma partida longe do ideal foi o incômodo das arquibancadas, com as vaias.
Uma vez mais, houve problemas defensivos, que culminaram no gol de Michel Renner e dificuldade para construção. Todas as ressalvas precisam ser dadas a Medina, que implementa sua ideia ainda. Mas o rendimento por ora é baixo. Com oito pontos, o Inter é o quarto colocado do Gauchão.
O Colorado entrou em campo com os titulares. Taison voltou e Edenilson foi colocado aberto na direita para formar a trinca de meias, com David, pela primeira vez, na esquerda. Mercado sentiu desconforto muscular no aquecimento e deu lugar a Heitor.
O que poderia ser um sinal de um padrão, com uma equipe entrosada e com a criação para surpreender o adversário, não se confirmou. Houve lentidão no primeiro tempo para circular a bola e pouco trabalho ao goleiro Lucas Maticoli. E, quando o Anilado avançou, levou perigo a Daniel.
O Inter apresentou setores muito divididos em alguns momentos, o que gerou generosos espaços para o Novo Hamburgo aproveitar. A pressão dos colorados exigida por Medina ainda está longe de ser a ideal e pedida pelo treinador.
- Houve desajustes. Sobretudo no gol, a volta não ocorreu bem. Não houve cobertura. Por isso saiu o gol, em uma situação defensiva na nossa direita, na cobertura dos volantes. Temos que trabalhar em busca da evolução. Defesa e ataque são coletivos. Temos que buscar ser uma equipe sólida. Deixamos espaços atrás. Tentamos atacar, criar da melhor posição, mas houve deficiência na volta e cobertura. Trabalhar para tentar solidez na defesa e harmonia no ataque - comentou Medina.
A etapa inicial foi com o Inter com a posse de bola. Mas sem imposição. O time se posicionou no campo de ataque, mas a principal oportunidade apareceu só aos 29 minutos com David após passe de Liziero.
Faltou ao time capacidade de articulação. Os responsáveis por girar a bola ou não arriscaram, ou demoraram para fazer o passe vertical.
- A criação inicia atrás. Sai do posicionamento de zagueiros, laterais e volantes ter a responsabilidade com a bola. Quando um time fica muito perto do gol, temos que circular melhor. Precisamos assumir a responsabilidade do jogo, não somente o meio-campo. Jogadores que tenham o passe, uma saída mais rápida – apontou o técnico.
Para tentar abrir o placar, o Cacique voltou do intervalo com Boschilia no lugar de Liziero. Entretanto, logo aos nove, o Noia marcou. Higor, vigiado por David, acionou Felipe Guedes. O camisa 8, pressionado por Heitor, observou a movimentação do lateral-esquerdo e tocou para Higor, que ganhou na corrida do lateral.
David e Edenilson, que estava próximo, não auxiliaram. Bruno Méndez tentou fazer a cobertura, mas o camisa 6 cruzou. Alemão protegeu a bola de Víctor Cuesta e ajeitou para Michel Renner que, enquanto Rodrigo Dourado e Edenilson não chegavam, aproveitou a liberdade para estufar as redes.
O clima de tensão aumentou. As vaias, que apareceram ainda no anúncio da escalação, aumentaram. Principalmente com Heitor e Moisés. Porém, aos 20, saiu o empate. Boschilia tocou para Taison, que chutou forte e fez um golaço.
O jogo ficou aberto. O Inter correu risco de levar o segundo 10 minutos depois, quando Alemão driblou Cuesta, mas Daniel defendeu. Taison quase virou, mas a bola passou perto da trave. Wesley Moraes, todavia, seguiu sem receber para levar perigo a Maticoli.
Ainda houve chances com Cuesta e D'Alessandro, mas o empate persistiu. A torcida, irritada com a terceira partida sem vitória, vaiou mais forte e pediu raça.
Em busca de soluções e minimizar o clima nebuloso, o grupo do Inter se reapresenta na tarde desta quinta. Com o resultado, o Inter soma oito pontos e está em quarto lugar no Gauchão. Na próxima rodada, o time de Alexander Medina enfrenta o Caxias, neste sábado, às 16h30, no Centenário.
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