O ex-atacante Coutinho, que fez dupla de ataque com Pelé no Santos nos anos 60, morreu na noite desta segunda-feira, aos 75 anos. A confirmação foi feita pelo perfil do clube paulista no Facebook.
“?A pequena área perdeu um dos seus professores”, diz a legenda, ao lado de uma foto de Coutinho no Santos.
Nascido em 11 de junho de 1943, Coutinho profissionalizou-se no Santos em 1959, aos 16 anos. Centroavante de origem, ele foi parceiro de Pelé no ataque do Santos entre 1959 e 1968. Nessa época, o clube paulista sagrou-se cinco vezes campeão da Taça Brasil, duas vezes campeão da Copa Libertadores e duas vezes campeão mundial. Marcou 370 gols em 457 jogos.
Em 1968, Coutinho assinou com o Vitória. Ainda jogou por portuguesa, Bangu, Atlas (México) e encerrou a carreira no Saad/São Caetano, em 1974. Depois, virou treinador. Fora o Santos (em 1981 e 1995), não dirigiu nenhum time de relevância nacional.
Coutinho chegou a ser convocado para a Copa do Mundo de 1962, mas não jogou nenhuma partida no Mundial do Chile. Atuou 15 vezes pela seleção entre 1960 e 1965, com 6 gols marcados.
Se dentro de campo a relação era das melhores, fora dele Coutinho chegou a fazer críticas ao comportamento de Pelé. Em uma entrevista nos anos 80, ele chegou a dizer que “preferia ver o diabo, mas não queria ver o Pelé”. “Se naquela época eu tivesse uma ideia mais definida, sabe quando Pelé teria feito mil gols? Nunca. Eu teria me recusado a passar a bola para ele”, declarou Coutinho, em entrevista à revista Placar. Nos anos 90, eles se reconciliaram publicamente.
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