A Operação Pirâmide de Ouro foi deflagrada nesta quarta-feira (28) pela Receita Federal, em ação conjunta com a Polícia Federal, para combater uma organização criminosa responsável pela extração ilegal de ouro, por meio de crimes ambientais e lavagem de dinheiro.
Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva, 13 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Curitiba/PR, Porto Velho/RO, Manaus/AM e Itaituba/PA, além do sequestro de bens e valores que somam em torno de R$ 2 bilhões, a suspensão das atividades comerciais de seis empresas e a suspensão das atividades de duas PLG pertencentes a cooperativas de ouro localizadas no estado do Pará.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, usurpação de bens da União, falsidade ideológica e uso de documento falso.
A Operação
As investigações tiveram início em setembro de 2022, após uma apreensão no Aeroporto Internacional de Belém, no Pará, de 15 barras de ouro que totalizaram cerca de 7,5 kg. As peças fundidas não tinham documentação alguma que comprovasse a extração e comercialização regular.
No decorrer das investigações, a Receita Federal identificou uma organização que atuava sob o comando de uma família do Paraná. O grupo fazia a extração irregular e comercialização de ouro em Rondônia e Amazonas.
Essas operações seriam "esquentadas" por meio de Permissões de Lavra Garimpeira (PLG) não utilizadas, ou subutilizadas, de duas cooperativas do Pará e por camadas de empresas noteiras de Curitiba.
Por meio desta descoberta, a Receita Federal rastreou, operações comerciais entre 2019 e 2023 que apontam a venda de aproximadamente uma tonelada de minério de ouro sem origem legal, sendo quase toda a quantidade destinada para exportação por uma empresa de Goiânia, Em Goiás.
O grupo investigado praticou ainda lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada, pagamento por meio de interpostas pessoas, além de transações financeiras de altos valores, principalmente de forma fracionada, para burlar limites.
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