A funcionária que planejou o sequestro de um empresário de Curitiba ‘contratou’ o sobrinho e amigos dele para auxiliar no crime, de acordo com o delegado de Polícia Civil, Thiago Teixeira. O crime foi na terça (17). A vítima foi resgatada um dia depois em Santa Catarina. Relembre mais abaixo.
“A funcionária da empresa fez contato com um sobrinho dela, explicou toda a situação do crime, o que deveria ser feito, e esse sobrinho teria angariado mais três pessoas para praticar o crime”, afirmou o delegado.
A mulher é uma das seis pessoas presas suspeitas de envolvimento no caso. Segundo a polícia, ela trabalhava há três anos para o empresário e ocupava um cargo como gerente. Durante depoimento, ficou em silêncio.
Apesar da funcionária ter se mantido em silêncio, o delegado afirma que as diligências realizadas até o momento indicam que foi ela quem planejou o crime.
O marido dela também foi preso na operação. A polícia informou que ele deu informações sobre a participação dos outros suspeitos.
O que dizem os envolvidos
Em nota, a defesa dos presos disse que aguarda “o desenrolar das investigações e que confia na polícia”.
O advogado da funcionária, Igor Ogar, disse ainda que a situação não se trata de um caso de sequestro “propriamente dito, pois existem muitas situações que devem ser ainda investigadas”.
A família do empresário informou, também em nota, que ele está bem, mas que não vai comentar a suspeita do crime ter sido planejado por uma funcionária dele.
O sequestro
De acordo com as investigações, o grupo provocou um acidente e sequestrou a vítima. Após o acidente, o homem foi forçado a entrar no próprio veículo e foi levado pelos criminosos. Horas depois, o carro foi encontrado incendiado.
O momento do sequestro foi flagrado por câmeras de segurança. Nas imagens é possível ver que o veículo do empresário para após esbarrar em outro carro. Depois, os suspeitos saem do carro, forçam o homem a entrar no próprio veículo e ele é levado pelos criminosos.
Enquanto esteve sob o domínio dos suspeitos, o empresário foi forçado a transferir dinheiro da conta bancária. Eles pediram cerca de R$ 3 milhões.
O plano não se concretizou porque o gerente do banco, ao perceber o valor que seria transferido, desconfiou e acionou a polícia.
O próximo passo da investigação é identificar se há mais envolvidos no caso e também a motivação do crime.
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