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Domingo, 01 de Dezembro de 2024
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Mordida de cachorro, raios, câmeras térmicas: veja como foi a captura do brasileiro que estava foragido nos EUA

anilo Cavalcante, condenado à prisão perpétua por matar ex-namorada a facadas, fugiu de presídio na Pensilvânia há 14 dias. P

Mordida de cachorro, raios, câmeras térmicas: veja como foi a captura do brasileiro que estava foragido nos EUA
Reprodução g1
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Câmeras térmicas, um alarme disparado sem querer, mordida de cão farejador e até raios.

As últimas horas da megaoperação da polícia da Pensilvânia para capturar Danilo Cavalcante, o brasileiro condenado à prisão perpétua que fugiu da cadeia nos Estados Unidos, foram repletas de elementos inusitados.

Cavalcante, condenado por matar a ex-namorada Débora Evangelista Brandão, estava foragido desde 31 de agosto, quando conseguiu escapar da prisão escalando paredes (leia mais abaixo). Ele foi preso na manhã desta quarta-feira (13)

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Veja a seguir como foi a dinâmica da captura e detalhes inesperados, segundo relato da polícia da Pensilvânia:

Alarme que virou a pista principal

Toda a parte final da operação que teve como desfecho a prisão de Danilo Cavalcante começou com o alarme de um imóvel. O aviso sonoro disparou durante a madrugada dentro do perímetro onde cerca de 500 policiais faziam as buscas.

Policiais não encontraram nada no imóvel, mas isso levou a operação a focar na área.

Aviões, helicópteros, homens em terra e cães farejadores foram descolados para esse ponto e começaram uma busca mais intensa.

Câmeras térmicas

Uma das aeronaves utilizadas na megaoperação de busca pelo brasileiro tinha embutida câmeras térmicas, que detectam o calor humano.

Uma das câmera mostrou um ponto suspeito em uma área de vegetação baixa. Novamente, a operação se focou nesse ponto.

Raios

Mas outro fator inesperado mudou os rumos outra vez: uma forte tempestade, com muitos raios, atingiu a região.

O avião com câmeras térmicas teve então de recuar e pousar de volta em uma base. Equipes em terra também se mantiveram em um local seguro, mas outras aeronaves monitoraram o entorno para evitar uma fuga.

Madrugada interrompida

 

As buscas foram então interrompidas de madrugada.

No início da manhã, quando a tempestade passou, a polícia continuou investindo no ponto de calor apontado pela câmera térmica.

Rapidamente, homens em terra cercaram o local, junto de cães farejadores. Lá, cães de patrulha e policiais em terra confirmaram a hipótese e encontraram Cavalcante.

Ele estava embaixo de uma pilha de madeira, e só se deu conta da presença policial quando já estava cercado.

Neste momento, “ele tentou rastejar pela vegetação, levando o rifle roubado junto com ele”, disse o tenente-coronel George Bivens, que coordenou a megaoperação.

Nova fuga

Ao ver os policiais, ele ainda tentou fugir, se rastejando por uma vegetação.

 

“Ele ainda tentou rastejar pela vegetação rasteira, levando o rifle que tinha com ele”, disse Bivens.

 

Mordida de cachorro

Nesse momento, policiais soltaram um dos cães farejadores que estavam na equipe. O animal deu uma "mordida leve" em Cavalcante, conseguindo assim pará-lo sem que disparos tenham sido feitos.

O brasileiro chegou a ser atendido por um médico por conta da mordida após ser capturado, mas o ferimento foi leve, segundo a polícia.

Cavalcante foi preso em uma área de floresta perto do South Coventry, onde se suspeitava que ele estava na terça.

Durante a fuga, o brasileiro costumava se mover durante a noite. "Ele só caminhava de dia se pressionado por nossas patrulhas", disse o tenente-coronel George Bivens, que coordenou a operação.

A captura acontece no 14º dia das buscas, que envolveram uma megaoperação com 500 policiais, participação do FBI e fechamento de escolas e parques. Mesmo assim, Cavalcante, que matou a facadas uma ex-namorada e escalou as paredes da prisão para fugir, conseguiu caminhar por 38 quilômetros, roubar uma van e um rifle e trocar tiros com um morador (leia mais detalhes abaixo).

Ninguém ficou ferido durante a ação, e nenhum tiro foi disparado - autoridades temiam a possibilidade de vítimas pelo fato de que o brasileiro estava armado (leia mais abaixo).

Os investigadores disseram que a Justiça agora vai decidir se a fuga implicará em uma pena adicional.

"A captura de Cavalcante dá fim ao pesadelo das duas últimas semanas, e agradecemos a cada um dos policiais regionais, estatuais e federais que saíram às ruas em todas as condições, dia e noite", declarou a polícia do condado de Chester, na Pensilvânia, em comunicado.

 

FONTE/CRÉDITOS: G1
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