Nos dias 22 e 23 de agosto foi realizado o II Seminário de Educação e Práticas Docentes, uma parceria entre a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Santa Helena (UTFPR-SH) e a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Santa Helena. O evento foi organizado por uma comissão composta pelas professoras Anderleia Sotoriva Damke e Rosangela Fujii e presidida pelo professor Diego Ozelame, tendo como vice presidente a professora Eduarda Maria Schneider. A comissão contou ainda com Juliana Schwaab Thibes e Adriana Hister Giovanella, representantes da Secretaria de Educação e Cultura de Santa Helena.
Com o tema "Diversidade e aprendizagem", a segunda edição do Seminário de Educação e Práticas Docentes, teve como objetivo proporcionar aos professores da educação básica, estudantes de licenciaturas e pós-graduação, docentes do ensino superior e pesquisadores, um espaço de acesso a e troca de conhecimentos, experiências e reflexões sobre as diversas temáticas conceituais, procedimentais e atitudinais dos espaços formais de ensino.
Seminários desta natureza também proporcionam um espaço para a formação inicial e continuada para docência, incentivando a produção e disseminação do conhecimento, fomentando a pesquisa, a reflexão e a busca de soluções para o enfrentamento dos desafios encontrados na educação, promovendo o aprimoramento das práticas educacionais para o ensino. O evento, que foi totalmente presencial, contou com palestras, oficinas e apresentações de trabalhos nas modalidades banners, resumo e artigo completo.
As atividades se iniciaram quinta-feira à noite no Centro de Eventos Silom Schimidt, localizado no Balneário de Santa Helena. A abertura contou com apresentação do Coral da UTFPR-SH, regido por Willian Zastrow. O Coral é uma iniciativa da Comissão de Cultura, Esporte e Lazer da UTFPR-SH. Formado em 2017, o Coral visa utilizar a música como meio de interação em todas as esferas e também como forma terapêutica de se unir todas as possibilidades inclusivas.
Na sequência, os participantes puderam conferir a palestra "Diversidade e aprendizagem", com a Pedagoga finalista do prêmio Jabuti 2021, Luciana Brites.
CEO do Instituto Neurosaber e pesquisadora sobre aprendizagem, comportamento e desenvolvimento, a pedagoga, psicopedagoga, psicomotricista e especialista em Educação especial Luciane Brites também possui Mestrado e Doutorado em distúrbios do desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Além de ter sido finalista do premio Jabuti de 2021 na categoria ciência com o livro Brincar é fundamental.
No segundo dia de evento, sexta-feira, foram proferidas duas palestras. A primeira foi "A diversidade inclusiva: promovendo a compreensão e o suporte para espectros e distúrbios de aprendizagem".
Essa palestra abordarou a importância de reconhecer e incluir estudantes com espectros e distúrbios de aprendizagem, tais como autismo, dislexia e TDAH, em ambientes educacionais. Foi discutido como promover a compreensão e oferecer suporte adequado, incluindo estratégias de ensino diferenciadas, recursos auxiliares e adaptações de ambiente. Por meio de exemplos práticos, foram abordadas formas de desenvolver um ambiente inclusivo e acessível, que valorize a diversidade e promova o sucesso acadêmico e emocional de todos os alunos.
A palestrante foi a Professora Doutora Eloiza Aparecida Silva Avila de Matos. Ela possui graduação em Licenciatura em Letras Português Inglês pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, mestrado em Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná e doutorado em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba.
Fez estágio Doutoral em Inovação Tecnológica pela Université de Technologie de Compiégnie – França. Atualmente é professora titular e coordenadora do Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia do Campus Ponta Grossa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Atua na área de Ensino, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de ciências, educação tecnológica, formação de professores e educação inclusiva.
Além disso, é uma das autoras do livro "Autismo e o processamento visual: saiba como ajudar", que foi premiado pelo Consulado-Geral do Brasil em Nova York com o 1º Lugar nos Destaques Literários da Academia Internacional de Literatura Brasileira, no ano de 2023, na área de Ensino e Pesquisa promovido pelo Focus Brasil Fondation.
Fechando a rodada de palestras, tivemos "A educação da pessoa com deficiência: contribuições da Teoria Histórico Cultural".
Essa palestra abordou aspectos fundamentais sobre a escolarização e o desenvolvimento humano a partir da Teoria Histórico Cultural, bem como, discutiu a importância do acesso à cultura, representada pelo conhecimento escolar, para a pessoa com deficiência. Foi priorizado o diálogo sobre conceitos dos estudos de defectologia de Vigotski, como a compensação social, relação entre aprendizagem e desenvolvimento e o ensino adequadamente organizado.
Foram contempladas: as adequações necessárias aos estudantes que compõe o público da educação especial, com destaque para os estudantes com Transtorno do Espectro Autista; a importância do trabalho colaborativo na educação; a ênfase aos aspectos sociais, dentre os quais a mediação docente para o alcance de autonomia.
A palestrante é a Professora Doutora Eliane Brunetto, que é professora do Instituto Federal do Paraná - Campus Cascavel e Coordenadora do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Específicas no IFPR Cascavel. Eliane possui Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá e Licenciatura em Pedagogia e Mestrado em Educação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Além disso, é Líder do GEPEEIN (Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Especial e Inclusiva do IFPR).
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