Admite-se publicamente que o momento vivido pelo Inter é bom. São 16 jogos de invencibilidade e sentimento de que o time "deu liga". O discurso no vestiário, no entanto, é cercado de cautela para conter a euforia. Depois das vitórias sobre Flamengo e Goiás, o Colorado se consolidou no G-4 e vai para duas partidas seguidas em casa para seguir na mesma batida e encostar na ponta.
O Inter não sabe o que é perder desde a primeira rodada, quando levou 2 a 0 do Atlético-MG. De lá para cá, são cinco vitórias e seis empates pelo Brasileirão. Mano Menezes reorganizou a equipe e ofereceu um padrão de jogo. As individualidades, como De Pena, Wanderson e Alan Patrick, começam a se destacar. A confiança e o entrosamento aumentam jogo após jogo.
Ao passo que o time dá amostras de solidez e bom futebol, o treinador adota prudência ao falar das chances vermelhas na competição. Em entrevistas recentes, Mano fez questão de frisar que o Inter não tem o melhor time e, por isso, é fundamental que se mantenha a organização e a competitividade.
A força do grupo tem sido exaltada nas manifestações dos jogadores. Desde a chegada de Mano, a escalação inicial não foi repetida nenhuma vez de um jogo para o outro. As alterações são frequentes por necessidade ou opção técnica ou tática. O nível de atuação tem se sustentado e quem vem do banco tem agregado ao time.
- Não temos muito jogadores fora de série. Não temos o melhor time. Temos que ser o mais organizado, mais disciplinado. Trabalhar para caramba. Se não estas coisas (vitórias) não vão acontecer, isso não vem do nada - destacou Mano depois de vencer o Goiás.
Para permanecer na parte de cima tem que ter elenco. As perdas são inevitáveis, lesão, cartão, campeonato longo, duro, tem que ter elenco. O que a gente quer é dar uma ideia de jogo para que todos possam entrar e ir bem - concluiu.
A derrota do São Paulo para o Botafogo firmou o Inter na terceira posição com 21 pontos, um atrás do segundo colocado Corinthians e quatro do líder Palmeiras. Dos 12 jogos disputados, sete foram na condição de visitante e o aproveitamento é de 57%, com três vitórias, três empates e uma derrota.
O retorno ao Beira-Rio gera alta expectativa pelos resultados recentes e pelo desempenho apresentado pela equipe nas últimas rodadas, em especial no 3 a 1 sobre o Flamengo. O Inter enfrentará o Botafogo, no domingo, às 18h, e projeta ao menos 20 mil torcedores. Depois, terá o Coritiba pela frente, na outra sexta, dia 24.
- Deu liga. Estamos em uma fase boa, mas sempre gosto de falar que, quando estamos bem, precisamos ter os pés no chão. É uma distância pequena entre jogar bem e relaxar. Quando você ganha, chegam os elogios. Busco falar ao vestiário que precisamos estar mais concentrados. Temos que aproveitar a fase e seguir ganhando. É o que queremos - disse o zagueiro Gabriel Mercado.
Inter no Beira-Rio pelo Brasileirão:
- Inter 2x1 Fortaleza
- Inter 0x0 Avaí
- Inter 2x2 Corinthians
- Inter 1x1 Atlético-GO
- Inter 3x1 Flamego
Para a rodada do final de semana, Mano contará com os retornos de Carlos de Pena e Taison, que cumpriram suspensão diante do Goiás. Lesionado, Renê é desfalque. Bruno Méndez fica fora por ter atingido o limite de seis jogos.
Provável Inter: Daniel; Bustos, Vitão, Mercado e Moisés; Gabriel, De Pena, Edenilson, Alan Patrick e Wanderson; David
O grupo do Inter volta aos treinos na tarde desta sexta-feira no CT do Parque Gigante. Mano terá duas atividades para preparar o time que enfrentará o Botafogo, no domingo, às 18h, no Beira-Rio. Como mandante no Brasileirão, o Colorado tem 60% de aproveitamento (2V e 3E).
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