Essa é uma pergunta que ficou no ar durante o velório, realizado no bairro Floresta, onde ele viveu por tantos anos. João se despediu da vida aos 114 anos — e estaria prestes a completar 115 no próximo dia 8 de maio.

Nascido no Ceará, em 1910, ele veio para o Paraná ainda jovem, antes mesmo de completar 20 anos. Escolheu Assis Chateaubriand como nova morada e ali começou sua trajetória como agricultor, profissão à qual se dedicou por mais de seis décadas.

A filha, Marlene Alves Costa, lembra que o pai já estava aposentado há mais de 40 anos. Ele deixou oito filhos — sete mulheres e um homem — além de 20 netos e 12 bisnetos. O mais velho dos filhos tem 70 anos; o mais novo, 56.

Viúvo há 12 anos, foi ele quem cuidou da esposa até o fim, quando ela foi vencida pelo Alzheimer.

Apesar da idade, seu João era conhecido pela disposição. Nunca foi de academia nem de dieta regrada, mas conservou a saúde por muito tempo. Só nos últimos anos começou a apresentar sinais de fragilidade.

Ele morreu na última terça-feira (6), pouco antes do aniversário. Mesmo sem confirmação oficial de recorde, uma coisa é certa: viveu bem mais do que a média dos brasileiros, que, segundo o IBGE, é de 76 anos (dado de 2023).